sábado, janeiro 14, 2006

Estocolmo: Cidade Saudável


A circulação automóvel nas horas de ponta em Estocolmo diminuiu, em média, entre 25 a 30 por cento desde a entrada em funcionamento, no início do mês, de uma nova portagem urbana naquela capital, foi hoje revelado.

Estes resultados “ultrapassam as nossas expectativas. O sistema está a funcionar bem, do ponto de vista técnico”, disse Erik Bromander, perito do Ministério das Finanças.

O objectivo da taxa é reduzir em 15 por cento a circulação automóvel nas entradas e saídas de Estocolmo para facilitar o fluir do trânsito e reduzir as emissões de gases poluentes.

À excepção dos veículos isentos da taxa – como os veículos de socorro, táxis e veículos “limpos”, como eléctricos, híbridos e biocombustíveis – cada viatura deve pagar entre um e dois euros entre as 06h30 locais (05h30 em Lisboa) e as 18h30, de segunda a sexta-feira.

Durante os períodos mais caros, correspondendo às horas de ponta, a redução do trânsito atingiu os 35 por cento.

O sistema funciona através de câmaras que filmam as matrículas e de um dispositivo electrónico colocado perto do retrovisor que permite debitar automaticamente o valor na conta bancária do automobilista.

Os transportes públicos, já utilizados por 70 por cento da população para chegar ao trabalho, conseguiram absorver o acréscimo de passageiros. Desde o Verão houve um reforço destes transportes e um aumento do número de parques de estacionamento de dissuasão.

“O tempo necessário de circulação para atravessar a cidade que aumentava em 200 por cento nas horas de ponta não é superior a 45 por cento”, disse Murielle Hugosson, porta-voz da autarquia de Estocolmo.

Brevemente será organizado um referendo junto dos habitantes de Estocolmo sobre esta experiência, apoiada politicamente pelos sociais-democratas e ecologistas.


Um dia será assim na Área Metropolitana de Lisboa.

É apenas uma questão de tempo.

1 comentário:

Pedro Veiga disse...

Será aplicável às cidades portuguesas? Se calhar só quando o petróleo atngir os 1000 dólares por barril! Por cá o comodismo é tanto que tenho colegas com menos de 30 anos que não conseguem andar mais de 50 metros a pé por dia!