quarta-feira, maio 28, 2008

E-mails dos leitores I e II - Estação de Tratamento e Valorização Orgânica da Valorsul

Boa tarde.

Sou morador a pouco tempo na urb. Do Alto da Mira na Amadora, e deparei-me com uma situação muito grave que desconhecia.

Perto da urb. Existe uma estação de tratamento de lixos da Valorsul, e desde Abril que na urb. Existe um cheiro a lixo muito forte,

Não podemos pôr a cabeça fora da janela da nossa própria casa.

Gostaria de saber se te em conhecimento de alguma acção junto dos órgãos competentes, no sentido de resolver esta questão.

Muito obrigado.

J.C

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Assunto: Resposta a reclamação de maus cheiros em S. Brás - "CARTA ABERTA À VALORSUL"

Exmos. Senhores

Venho por este meio mostrar a minha indignação relativamente ao estado actual de funcionamento da ETVO.

Como é do Vosso conhecimento, desde o arranque desta unidade que sou contemplado por diversas vezes com os aromas daí provenientes.

Este processo foi contestado desde o inicio, não pelo facto de tal unidade ser instalada, mas porque das propostas apresentadas para a construção do mesmo a que foi adjudicada era a mais barata e das piores que foram visitadas na Alemanha como foi divulgado pelos participantes na visita às unidades alemãs semelhantes, não era também a tecnologicamente mais avançada. No entanto na altura o administrador competente Sr. Rui Godinho assegurava a capacidade e resposta ao solicitado por parte do consórcio vencedor.

O tempo acabou por trazer a verdade ao de cima e mostrar as diversas fragilidades que o concurso e o consórcio tinha, privilegiando o preço ao contrário de uma solução tecnologicamente avançada e o mais adequada possível à população, pois está inserida a 100mts de uma zona populacional.

Após problemas de projecto, autorizações e capacidade de resposta por parte do consórcio vencedor que atrasaram em vários anos a inauguração da ETVO, iniciou-se o período de testes, supostamente alguns meses, mas que se transformaram em 2 anos de martírio.
2 anos em que a população serviu de cobaia ao mau dimensionamento da instalação e aos diversos problemas e avarias que a ETVO teve, que se traduziam constantemente em odores, interferindo assim na qualidade de vida de milhares de pessoas.

Dormia eu no entanto relativamente descansado, pois dizia a Valorsul que só aceitaria a unidade quando todos os problemas estivessem resolvidos e não existissem cheiros, estando por isso a unidade ainda em aperfeiçoamento/obra.

Começa então a saga do despachar a aceitação da obra, por interesses que não são os da população, mas sim os da administração da Valorsul:

- Em Dezembro de 2007 em Assembleia de Freguesia com a presença do Presidente da Câmara da Amadora e da Valorsul representada entre outros pelo Administrador e pela Dra. Ana Loureiro, reconheceu a Valorsul as diversas avarias/anomalias e os cheiros libertados e afirmaram que estavam a ser efectuadas intervenções na unidade até ao final do ano, que consistiam no aumento da capacidade do biofiltro. Estas alterações iriam resolver os problemas, sendo então recepcionada a obra.
Ficaram no entanto levantadas questões e problemas no que respeitava:
a) às avarias e respectiva capacidade de resposta às mesmas, nomeadamente a nível da substituição de peças e falta de equipamento secundário de minimização dos impactos causados, devidos às constantes avarias que os dois anos de teste indicavam;
b) à actualidade/inovação do equipamento instalado devido ao atraso de 8 anos em relação ao projecto inicial da Valorsul que serviu de base à adjudicação da ETVO.

- Em Março de 2008 com toda a pompa é inaugurada a ETVO, com a presença do Secretário de Estado do Ambiente, CMA, Valorsul e demais entidades.

- No final de Abril, inicio de Maio de 2008, durante cerca de 15 dias a população é afectada por intenso cheiro, como não se tinha antes verificado. Informadas as entidades competentes, a Valorsul fechou-se em copas e não deu qualquer informação, dizendo que existia um problema e informaria passados alguns dias o que se passava.
Sabemos hoje, que existiram de facto duas avarias, no Biofiltro e no cais de descarga.
O mais grave é que os responsáveis da instalação demonstraram uma total falta de sensibilidade e de respeito pela população, pois ocorrendo os problemas/avarias, em vez de tentarem minimizar os impactos das mesmas, mantiveram o normal funcionamento da estação, descarregando assim ao ar livre (costumava ser numa zona totalmente fechada) as toneladas de resíduos provenientes de cantinas e mercados e existindo um biofiltro parado, causando o intenso odor.

- Actualmente existem maus cheiros diários, a algumas horas do dia.

A ETVO, deveria caso existisse algum respeito pela população como os responsáveis da Valorsul querem transparecer, ter fechado a instalação até a resolução dos problemas e canalizado os camiões com os resíduos para a incineradora.
O não fazer nada, que foi o que aconteceu permitiu não causar transtornos nem percas monetárias, mais uma vez ganhou o dinheiro em vez do bem estar da população.
É inconcebível como se dá o Ok ao pagamento e se autoriza a recepção de uma unidade com a dimensão da ETVO com apenas um mês e pouco de verificação de eficácia das obras efectuadas no final de 2007/inicio de 2008, principalmente quando o historial não abona nada em favor do consórcio.
A administração e técnicos revelaram uma total irresponsabilidade, na procura de atingirem o objectivo de inaugurarem a ETVO e quem perdeu são os milhares de moradores dos Moinhos da Funcheira/Amadora.

Não posso no entanto deixar de referir também a cobardia de não revelarem aquando dos maus cheiro de Abril/Maio as anomalias/avarias existentes, com receio que caso a população soubesse que tinha uma lixeira a céu aberto, tomasse as devidas providências contestatárias à ETVO.
Esta decisão de adiarem prestar informações às entidades competentes, só demonstra o carácter dos decisores da Valorsul.

Como tal e considerando o acima exposto, eu cidadão Nuno Clemente, morador recenseado nos Moinhos da Funcheira e contribuinte do Estado Português exijo:

- Parecer de comissão técnica totalmente independente sobre o funcionamento da ETVO, possibilidades de melhoria e actualização tecnológica;
- Instalação de medidores de odores, com acesso on-line aos valores nos serviços autárquicos próximos da população;
- Acta on-line de qualquer anomalia/avaria detectadas pelos duties nos livros de duties/ocorrências;
- Acesso à instalação de qualquer morador que reporte odores e que queira verificar a proveniência dos mesmos;
- Aquisição de equipamentos para actuar em situações de emergência/avarias como as ocorridas no final de Março, que visem minimizar o impacto na população destas ocorrências;
- Elaboração por entidade competente e independente de informação à população da lista de perigos e riscos da ETVO;
- Sessões públicas e de esclarecimento à população (com divulgação nas caixas de correio) da actividade, problemas e soluções da ETVO;
- Retratamento profissional e pessoal em carta aberta à população, da administração da Valorsul sobre o erro que foi recepcionarem do consórcio ETVO, com plano de melhorias;
- Contrapartidas no que diz respeito à qualidade de vida dos moradores dos Moinhos da Funcheira devido à instalação de um equipamento defeituoso antigo/mono, odorífero e que movimenta u número significativo de camiões mal cheirosos nas ruas do bairro, como por exemplo:
a) Criação/manutenção de espaços verdes nomeadamente da antiga lixeira da Boba, nas zonas disponíveis para equipamentos nos Moinhos da Funcheira, na zona envolvente à ETVO;
b) Apoio à Higiene Urbana e ambiental provocada pela ETVO e camiões por ela utilizados, como a lavagem de ruas, etc...;
c) Criação de fundo ambiental para beneficio da população.

Sem outro assunto de momento

NC

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De: Joana Xavier [mailto:joana.xavier@valorsul.pt]
Enviada: ter 20-11-2007 10:14
Para: nunoamclemente
Assunto: Resposta a reclamação de maus cheiros em S. Brás

Ref.ª E-2007/004270

Exmo. Senhor NC,

Queremos desde já agradecer o seu contacto e a oportunidade que nos dá para esclarecer as suas dúvidas relativamente à actividade da Estação de Tratamento e Valorização Orgânica da Valorsul.

Em resposta ao seu contacto cumpre-nos informar o seguinte:

Estamos totalmente empenhados em resolver a emissão destes maus odores que relata de forma definitiva, estando a empreender as necessárias diligencias junto do Consórcio que construiu esta unidade e que actualmente ainda supervisiona a exploração da ETVO.

Lamentamos que o Consórcio não consiga resolver esta situação com maior celeridade. Este está agora a instalar um equipamento de maior capacidade para tratamento do ar proveniente do interior da instalação, prevendo-se que corrija a anomalia. A previsão destes trabalhos é até ao final do ano, tendo tido início já em Outubro.

Manifestamos ainda total disponibilidade para qualquer esclarecimento adicional que julgue necessário.

Com os melhores cumprimentos,

Joana Xavier

Direcção de Comunicação, Imagem e Documentação

Tel.: 219535900 Fax:219535935

www.valorsul.pt

terça-feira, maio 27, 2008

domingo, maio 18, 2008

Uma Ecopista bem perto da Amadora




Com bastante pedalada, inaugurou-se dia 11 de Maio a Ecopista na Escola Profissional Agrícola D. Dinis, na Paiã, Freguesia da Pontinha. Depois de um passeio de bicicleta desde a Póvoa de Santo Adrião até à Escola da Paiã, em que participaram muitas pessoas, a Ecopista foi inaugurada pela Presidente da Câmara Municipal.

Quem estiver interessado nas actividades da Ecopista, sabe que neste novo espaço pode praticar caminhadas, corrida, andar de bicicleta ou a cavalo.

O horário de funcionamento, no Verão, é todos os dias, entre as 8h e as 18h30. Se precisar de uma das bicicletas que a Câmara coloca ao dispor, gratuitamente, só às quartas e quintas, entre as 17h e as 19h30 e, aos domingos, entre as 9h e as 13h. A autarquia tem ao seu dispor 24 bicicletas divididas por modelos: júnior, homem e mulher.

A Ecopista está destinada a passeios pedestres e de bicicleta e permite ao utilizador trilhar caminhos que num efeito, quase mágico, fazem sentir a pessoa parte integrante da paisagem que percorre. O momento é oportuno para observar ovinos, bovinos e equinos e contemplar o voo de aves e conhecer ervas e arbustos que perfumam os caminhos.

O espaço garante momentos de tranquilidade aliados ao exercício de manutenção da boa forma física e psicológica que a Ecopista potencia.


Fonte: CM Odivelas

terça-feira, maio 13, 2008

Vigília por uma CRIL Segura


Venham todos à vigília.
Porque este assunto tem a ver com isto:
Projecto Urbanização Falagueira / Venda-Nova

Projecto de Urbanização Falagueira / Venda-Nova, é um mega projecto imobiliário que prevê a ocupação dos poucos terrenos livres do Concelho da Amadora, incluindo algumas áreas industriais (caso da Bombardier e outras) num total de mais de 1.500.000 metros quadrados de construção, o que corresponderá a mais de 11.000 fogos, trazendo para esta zona mais de 30.000 habitantes e provavelmente mais de 20.000 automóveis.

Neste projecto estão envolvidas mais de uma dezena de grandes empresas de construção.

Perante este negócio de milhões, onde “outros valores se levantam”, o Interesse Público, e todo o discurso político de boas intenções, por parte dos vários responsáveis políticos, deixou de ser prioridade, pondo em risco o Ambiente, o ordenamento do território, a qualidade de vida das populações, e um projecto de qualidade para o fecho da CRIL.

http://www.cril-segura.com/

O destino também está na nossa mão

VIGÍLIA EM BELÉM

Pelos nossos Direitos e respeito pela Lei
Na próxima 5ª Feira, 15 de Maio, a partir das 19:30h
vamos fazer uma vigília em Belém,
em frente à residência oficial de Sua Exa. o Sr. Presidente da República.

Exigimos uma CRIL segura, amiga do Ambiente e que respeite as Populações.

PARTICIPE, TRAGA UMA VELA E UM AMIGO.

quinta-feira, maio 08, 2008

Festa na Horta Popular da Mouraria - Graça


No próximo Domingo, dia 11 de Maio 2008, vai haver uma festa na Horta.
Aqui fica a programação:

*Há festa na horta! Não nos pisem as couves!! Dia comunitário na Horta popular da Graça *


Na horta:

- 9h às 13h (durante a manhã) : oficinas de construção de mobiliário urbano
reciclado da horta popular;

- 15.00-18h Tertúlias:
- A horta popular na Calçada do Monte (GAIA – Grupo de Acção e Intervenção
Ambiental);
- Hortas Urbanas e a área metropolitana de Lisboa (Arqº Gonçalo Ribeiro
Telles);
- Agricultura Biológica (Ângelo Rocha - co-fundador Biocoop, sócio-gerente
Miosótis);
- Agricultura familiar e rural + técnicas naturais anti-pragas: caldas
(Fernando…ainda nao confirmado)

- 15h às 19.30: Passeios e conversas na horta popular
. "Mundo Possível" : Pintar livremente e em grupo a imagem do Mundo Ideal
(num painel grande de Madeira… para destruí-la logo em seguida. Um
exercício comentário e utópico de desapego. [pede-se aos participantes que
não registem o momento. Material: trazer t-shirt velha] Iniciativa do
artista Daniel Melim;
. Oficina de construção de material urbano reciclado;
. Espaço para crianças - experiências com a horta - identificação de
plantas e plantação de sementes + animação infantil (palhaçada e pinturas)
"Lolas e Pintarolas"
. Música acústica ao vivo;
. Petiscos vegetarianos na horta (comes e bebes);
. Banca do GAIA-CSM;
. Banca informativa do Banco Comum de Conhecimentos.


No CSM-GAIA (Grupo Desportivo da Mouraria):

- 20.00 – Jantar Popular vegetariano no Centro social da mouraria;
- Projecção de filmes sobre a temática das hortas urbanas e festa no
Centro Social (concertos e djs)

- 20 h às 21h30 - Projecção de filmes sobre hortas urbanas (durante o jantar
no CSM-GAIA)

- 21h30 – Concertos:
. Mário Trovador (punk poesia)
. Pedro e Inês (popular – libertária com faduncho e pozinhos perlimpimpim)
. Zeca Mendes (Africana – cabo verde e guiné)
. Jamaica produções (hip hop)
. Stucka (punk-techno)