A Câmara Municipal da Amadora prevê apresentar este mês um projecto inovador de transporte público para o concelho. Amigo do ambiente, o trólei permitirá retirar da cidade os gazes poluentes resultantes dos autocarros alimentados a diesel.
Os tróleis deverão chegar à cidade em 2009, num percurso de 6,9 quilómetros e que abrange os principais bairros da parte norte da cidade. O vereador responsável pelo tráfego urbano, Gabriel Oliveira, entende que uma melhor gestão dos transportes públicos na Amadora compreenderá a extensão do trólei a sul da linha de comboios de Sintra. “Há um potencial assinalável entre os 1300 funcionários da Siemens e da Roche, empresas instaladas numa zona com dificuldades de estacionamento.” No sul do concelho estão ainda localizadas várias grandes superfícies comerciais que atraem milhares de consumidores. Contudo, Gabriel Oliveira explica que “este é um investimento muito pesado e para o qual a câmara não tem possibilidade de assumir os encargos sozinha”. A construção da linha de trólei, cujas composições serão fabricadas pela Electric Tbus Group, será suportada numa importante fatia pela empresa que está a construir na Brandoa o maior centro comercial da Península Ibérica, que deverá abrir no próximo ano.
O custo do trólei da Amadora não é ainda possível de determinar pela autarquia. Contudo, a Electric Tbus Group informa que o custo deste transporte varia entre um milhão e cinco milhões de libras por quilómetro, o que, no caso da Amadora, faz oscilar o custo entre 10 milhões e os 50 milhões de euros. O trólei recorre às mais recentes tecnologias usadas neste transporte – semelhante ao eléctrico que circula entre a Baixa de Lisboa e Algés (Oeiras), com a diferença que tem rodas.
Segundo Gabriel Oliveira, “uma das vantagens do veículo é em curvas apertadas ter o mesmo raio de viragem de um autocarro. Possui também um motor substituto a combustível, a ser utilizado quando um carro estiver mal estacionado, para o autocarro poder desviar-se”.
Devido ao preço do petróleo está a assistir-se a um aumento da procura destes transportes. Em 1970 existiam em 300 cidades, e hoje há 363 em todo o Mundo. Cada trólei tem em média 18 metros, o que equivale a três autocarros.
Fonte: Correio da Manhã - 02.11.2007
Fotos de Electric Tbus Group
domingo, dezembro 02, 2007
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5 comentários:
Que fixe! :-)
Algumas correcções:
- O "Electric Trolleybus Grup" não é um fabricante de troleicarros. Tão somente (e não é pouco!) é um grupo que advoga a reintrodução deste tipo de veículo nas ilhas britânicas;
- As fontes auxiliares de energia (para os troleicarros circularem ser estarem ligados à linha aérea) não precisam de ser "com motor auxiliar". Podem ser com baterias acumuladoras, ou supercondensadores, ou volantes de inércia - qualquer destes não poluentes e não dependentes do petróleo.
- Os troleicarros não têm "em média 18 m". Têm tamanhos padronizados: 12 m ("simples"), 18 m (articulados) ou 24 m (bi-articulados). Estes últimos só existem em funcionamento na Suíça.
Mais informações em http://apetc.pt.tl (em português) ou http://www.trolleymotion.com (e alemão ou inglês).
Excelente solução! E para a sua mesa ?
Você comeria peixe criado numa piscicultura que estivesse ao lado de uma ETAR e de estaleiros navais e num Estuário/Sapal para onde fosse despejado, sem tratamento o esgoto de mais de 100000 pessoas?
Mais em:
www.a-sul.blogspot.com
Ora vejamos... então vamos estender cabos eléctricos aéreos por 6.9Km... Será que esta gente não pensa?... Em vez de poluir o céu com mais cabos a autarquia devia era adquirir autocarros eléctricos completamente autónomos e aproveitar para investir em pontos de abastecimento eléctrico ao longo dos seus percursos, começando assim, e numa iniciativa completamente inovadora, a incentivar a aquisição de veículos eléctricos por parte dos cidadãos.
excelente iniciativa da CM Amadora!!!!!
http://arodama.blogs.sapo.pt/
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