
A-da-Beja - Júlio de Castilho - Memórias de Castilho, I, 1881
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O maior empreendimento imobiliário previsto para o território da Amadora é a Quinta do Estado, que o Notícias da Amadora noticiou nas suas edições de 5 e 19 de Maio de 2005. O estudo de urbanização para a área da Falagueira –Venda Nova prevê a construção de mais de dez mil fogos (no seu valor máximo) para acolher 27.400 habitantes na Quinta do Estado.
A comercialização dos terrenos premeia a empresa privada que integra a parceria com empresas do Estado, cujo negócio foi celebrado pelo Governo de Durão Barroso. O lucro pode render «quase dois mil milhões de euros», de acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Benfica. O prejuízo traduzir-se-á no impacto que o traçado da circular regional interior de Lisboa (CRIL) causar aos moradores e no aumento da densidade populacional do concelho.
O desenvolvimento das operações de urbanização e a sua gestão «estão dependentes» da alteração do Plano Director Municipal da Amadora. Entretanto, o protocolo a celebrar entre o Estado e o grupo de Vasco Pereira Coutinho, no âmbito do Plano de Pormenor da Falagueira, Damaia de Baixo e Venda Nova, envolveu igualmente a Câmara Municipal da Amadora e mais 13 proprietários (Acintor, Alves Ribeiro, Bombardier, Edifer, F. Caneças e A. Caneças, Falur, Herdeiros de Hermínia Pessoa, Imorretalho, J. Salvado e A. Santos, J.L.F. – Sociedade de Construções, José Conceição Guilherme, Santos e Corgas e Sotancro).
No âmbito do contrato de consórcio entre a Consest (Estado) e a Cottees (privado) prefiguram-se vários cenários, os quais perspectivam uma edificabilidade e densidade populacional que ultrapassa os índices previstos no Plano Director Municipal (PDM) em vigor e que deverá ser revisto até ao final do ano.
A Quinta do Estado ocupa 37,5 por cento da área do Plano de Pormenor da Falagueira, o qual compreende a zona industrial da Venda Nova. Aí verifica-se uma forte pressão, que pretende transformar em imobiliário, particularmente as zonas de melhores acessibilidades. É também o caso do complexo desportivo da Reboleira, que fica junto à estação de caminho de ferro.
O Parque Fantasia é o primeiro a ficar concluído. O autarca prevê que as obras estejam prontas «até ao final deste mês». A infra-estrutura ocupa uma área de cerca de 8.850 metros quadrados confinada a Este pelo Complexo de Ténis do Borel e restante perímetro por arruamentos do bairro do Borel. A obra, com um investimento de 462.500 euros, integra um parque infantil em forma de castelo, um slide (equipamento de desporto radical), uma área relvada polivalente com um teleférico, uma zona de jogos informais e várias zonas de lazer. Os equipamentos «estão montados, os arruamentos do parque já foram feitos e a relva já está colocada».
O único equipamento que falta montar é um avião em tamanho gigante, junto à entrada principal do parque, «tendo em conta o pioneirismo da aviação na Amadora». Mas o artista plástico responsável pela sua execução «não cumpriu os prazos estabelecidos. O avião será colocado quando estiver concluído».
O Parque Aventura substitui o bairro de barracas da Ribeira da Falagueira e visa a requalificação da zona. A maior parte dos equipamentos «para as crianças e jovens já está colocada, está-se a forrar com xisto as paredes das lagoas que foram criadas ao longo do curso de água e o sistema de iluminação já começou a ser montado». Durante o mês de Agosto será colocada a relva.
A obra, no valor de cinco milhões de euros, inclui uma escola de trânsito para crianças, uma pista de karting, uma ludoteca, um rapell, um circuito de manutenção, um mini-golfe, cascatas de água, espaços de repouso e lazer e a requalificação da Casa Militar da Ordem de Malta e uma azenha, que datam do século XV.
A obra inclui ainda a remodelação da rotunda junto à Ribeira da Falagueira com o objectivo de «ordenar o trânsito e embelezar o local». Em substituição do monumento de homenagem aos bombeiros a câmara optou «por um jogo de água recuperável da própria ribeira e que recorda às pessoas que ali passa um curso de água» que vai desaguar em Alcântara. A rotunda «tinha demasiado cimento e era necessário aligeirar o seu aspecto a nível paisagístico». A obra integra também o alargamento das estradas da Ribeira e da Falagueira até São Brás «para facilitar o escoamento de trânsito» e que deve «estar pronto daqui a semana e meia».
A Ilha Mágica do Lido «também está praticamente concluída». Além de requalificar a ribeira de Carenque, o parque tem um lago com barcos, canoas, uma pista de skate, um slide, zonas de estar e um quiosque. Segundo Gabriel Oliveira, o tema central «é a água e pretende-se que a população mais nova interaja com este elemento da natureza». O parque vai estar sob a responsabilidade do Radical Skate Clube.
Os três equipamentos «tem um conceito inovador de parque temático. Habitualmente quem brincam nestes espaços são as crianças e os pais ficam a assistir. A câmara quer inverter esta situação e incentivar os pais a brincarem com os filhos nos vários brinquedos. É essencial que as pessoas tirem proveito dos espaços de lazer que existem».
A gestão dos novos parques é da competência da Câmara Municipal da Amadora e o seu acesso será gratuito «para permitir uma maior democratização na sua fruição».
In Notícias da Amadora 28.07.2005
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