«Os Dias Arrastam-se e as Noites Também» é uma peça que o Teatro dos Aloés estreia quarta-feira na Amadora e conta a história de um estranho que se refugia em casa de um casal à beira da ruptura.
Com texto de Léandre-Alain Baker, um artista congolês que vive em França, esta peça propõe «um reflexão sobre a sociedade de acolhimento europeia e os imigrantes», nas palavras do encenador José Peixoto.
«É a história de uma mulher que chega a casa e encontra um homem estranho vestido com o seu roupão», disse à Lusa o encenador, acrescentando que o indivíduo em causa é negro e o casal que vive no apartamento onde ele aparece é branco.
A peça pretende questionar o confronto entre pessoas e entre culturas.
«Achámos bastante importante que uma companhia sedeada na Amadora, onde vivem actualmente muitos imigrantes, fizesse esta reflexão», indicou José Peixoto, sublinhando que vê o próprio autor do texto como um homem dividido entre duas culturas.
«Os Dias Arrastam-se e as Noites Também» é a primeira peça de um ciclo de textos de autores africanos que o grupo pretende representar até 2009.
A seguir, será a vez de uma peça do sul-africano Athol Fuggard, autor que já teve um texto representado pelo grupo em 1996 e que agora terá em cena «A canção do vale».
«Os Dias Arrastam-se e as Noites Também» sobe ao palco dos Recreios da Amadora quarta-feira e ficará em cena até dia 18, seguindo depois para o Teatro Taborda, em Lisboa, e para o Teatro Municipal de Almada.
Em palco vão estar os actores Elsa Valentim, Jorge Silva e Daniel Martinho.
Diário Digital / Lusa
terça-feira, novembro 06, 2007
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2 comentários:
belo espectáculo.
fraco... muito fraco... nenhuma emotividade, demasiada esquizofrenia na representação.
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